domingo, 30 de novembro de 2014

Pausa Técnica - 1.ª Eliminatória Taça Cidade de Fafe - Cepanense 4 vs 5 CD Amigos de Fafe


Sem querer brincar com a religião, terá sido Jesus? Quiçá Deus? Terá sido partida de Lúcifer? Eu já ponho tudo em hipótese. Já sei, foi o Pavilhão. Foi a primeira vez que jogámos no pavilhão Nun'Alvares. Ou então, foi a estrelinha PH (nosso jogador). Apenas participou em dois jogos e não perdeu nenhum. Bem, chega de treta.
Quem esteve no pavilhão Nun'Alvares certamente não acreditava mas o improvável aconteceu e penso que merecidamente.
GANHÁMOS O PRIMEIRO JOGO DA ÉPOCA E LOGO A ELIMINAR.
Novamente com apenas dois jogadores (transitando para 1 após 16' de jogo) no banco de suplentes, enfrentámos uma equipa bem nossa conhecida (terceiro jogo na época realizado). Aguerrida, com valor acrescentado, com um treinador jovem mas com vontade de deixar a sua marca nesta modalidade.
Antes de mais, pedir desculpas antecipadas por alguma falta de critério que possa ocorrer durante esta crónica, no que à sequência dos factos diz respeito. Foi um jogo de "explosões" e emoções fortes, onde tudo aconteceu. Desde "troca de galhardetes" entre jogadores da mesma equipa, à expulsão de um guarda-redes, tudo se viu.
Um jogo destes, jogado a alto ritmo, bola lá bola cá, golo lá golo cá, merecia uma bancada bem mais recheada.
Pois bem...
Iniciamos o jogo com Nuno Cunha na baliza, Feira a fixo, Rui Silva e PH a alas e Ismai a pivô.  Sabíamos de antemão que não tínhamos as mesmas "armas"  (rotatividade) que o adversário, daí o mister pedir um bloco médio-baixo.
A primeira equipa a criar perigo foi o Cepanense à semelhança do que havia acontecido no jogo do fim-de-semana passado para o campeonato. Nuno Cunha do nada acordou e correspondeu com uma grande defesa quando tinha na sua cara o jogador adversário. Mais dois lances teve Nuno Cunha que anular, fazendo duas defesas de "golo". Adivinhava-se o golo do Cepanense. O inevitável aconteceu aos 11'. A nossa equipa algo adormecida/ perdida sem nunca sair com perigo efetivo, via-se "bombardeada" de contra-ataques que acabaram de dar no primeiro golo do Cepanense. Ismai não consegue acompanhar o seu "homem", Rui que até podia ter resolvido, fica indeciso uma vez que estava a marcar o seu adversário direto, acabando por ficar Nuno Cunha desamparado perante o adversário.
Passados 5 minutos, algo insólito acontece. Um arrufo de "namorados" na equipa dos ditos "Amigos". Situações mal resolvidas, bocas mal percebidas criaram uma bola de neve, acabando numa avalanche (e não me vou alongar mais sobre este assunto, uma vez que não devo lavar roupa suja em praça pública). As atitudes ficam com quem as pratica, e não foi nada que Homens não resolvam em prol da equipa. Será que na primeira zanga com a mulher se pede logo o divórcio?!
Nesta altura apenas de 1 jogador estava no nosso banco de suplentes (fora Bertinho lesionado). Como veem estava difícil. Bem, continuando...
O empate acabaria por aparecer. Feira que pareceu acordar após toda esta atividade "paranormal", descaído para o lado direito remata cruzado colocando o placard num 1-1. Num contra-ataque rápido, o Cepanense chega ao seu segundo golo. Chegávamos ao intervalo com o Cepanense na frente (2-1).
A segunda parte não poderia começar melhor com o empate a surgir novamente por Feira. Estava feito o 2-2.
Ismai ao seu estilo sempre muito "brinca na areia", muito gingão, já farto de fazer arrancadas, num contra-golpe rápido endossa a bola a Feira, que prestes a fazer o seu terceiro golo leva o guarda-redes adversário a arriscar a saída, defendendo a bola fora da sua área. O árbitro bem colocado assinala livre e mostra o cartão vermelho ao guardião adversário. Esta expulsão veio equilibrar os pratos da balança e começávamos a acreditar que era possível levar de vencida a equipa do Cepanense. Na marcação do livre nada melhor do que fazermos o terceiro e foi mesmo. PH remata em jeito, bem colocado, longe do guarda-redes adversário (jogador de campo que até mostrou alguma competência para a coisa). Estávamos na frente do marcador (2-3).
Nesta altura o jogo entra num frenesim louco, na luta pela posse de bola, ataques e contra-ataques desenfreados.
2-3 que não demorou muito. De seu nome Ismael (do Cepanense), o mesmo que teve um pormenor sobre Nuno no último jogo para o campeonato, desvia a bola de Hélder e com o seu pé mais "fraco", remata colocado de baixo para cima acabando por empatar o jogo (3-3). Fica a dúvida se Nuno Cunha poderia ter feito algo mais. Diga-se que Hélder fez um excelente jogo, taticamente irrepreensível e que este golo sofrido por Nuno Cunha em nada mancha a sua boa exibição.
Chegamos ao 3-4 por Ismai (já faltava). Ismai, acabaria ainda por desperdiçar até ao final do jogo duas boas oportunidades.
O jogo aproximava-se do final e novo empate. Remate cruzado, a bola cai no segundo poste, onde está um jogador adversário a encostar fácil.
Bem, a partir daqui foi o sufoco. Entramos, como disse Scolari, no mata mata. Quem sofre morre. E acabámos por ser nós os merecidos felizardos. Abílio, outro jogador que deu tudo por tudo acaba por ser o herói do jogo. Após um primeiro remate que acaba por tocar num adversário e sair pela linha de fundo, passados 2' faz um segundo remate cheio de intenção, de raiva, de total inspiração. Ainda embateu na barra com estrondo mas levava o selo de golo, colocando a nossa equipa na fase seguinte da Taça Cidade de Fafe. O jogo acabaria por terminar 2' depois.
Toda a equipa fez um excelente jogo. Foi prova de que TODOS fazem falta, de que os "melhores" sozinhos não são nada, se não tiverem o APOIO, a ENTREAJUDA dos mais "fraquinhos".
Terminando...
Num jogo que tinha tudo para correr mal, acabámos por ganhar. Quem viu o jogo reparou que fizemos das tripas coração, lutámos contra adversidades internas e externas. Numa sociedade que se diz democrática as hierarquias são para se respeitar (em todas as suas vertentes). Bem ou Mal são para se respeitar ou seria o caos absoluto, como esteve muito próximo de acontecer connosco.
Já agora vale a pena pensar nisto.

1 comentário:

  1. Pessoal vamos lá dar a volta a isto. Os nomes só não jogam.

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