Se isto andava mal, pior não podia ter sido. Neste jogo, a nossa equipa apresentou um conjunto de jogadores, pouco entrosados, baixa força anímica e outros ainda em recuperação de lesões contraídas (Rui e Bertinho).
Defrontamos uma equipa muito jovem, cheia de valores individuais e que calculo que daqui a duas, três épocas podem debater-se pela conquista do campeonato. Neste momento falta-lhes a experiência/ matreirice necessária para levarem de vencida as equipas mais fortes do campeonato.
Bem, o jogo em si não teve grande história.
Na primeira parte, o Regadas faz 4 golos sempre na cara de Bertinho, ou apareciam 2 para 0 ou 3 para 0, e sempre por perdas/ ofertas dos nossos jogadores. A época de Natal já passou exceto para esta equipa do Regadas - fartou-se de receber oferendas. Faz ainda o quinto golo e como já não bastasse, num remate que tabela em PH e trai Bertinho.
Parece mentira o que vou referir mas a verdade é - a nossa equipa teve várias oportunidades de marcar mas nunca o conseguiu. Em contrapartida o Regadas sempre que se lhe apareceu a oportunidade concretizou-a em golo.
Ao intervalo a equipa do Regadas vencia por 5-0.
No início da segunda parte e sem a equipa do Regadas baixar o ritmo, não fossem eles jovens irreverentes, estivemos por cima do jogo aí uns 10 minutos. Mas seriam eles a marcar novamente. Numa situação de 3 para 3, ninguém saiu ao transportador da bola, que em situação frontal e já em zona de remate, de "bico" faz o sexto para o Regadas. Bertinho ainda defende, mas a bola bate-lhe nas partes ditas "baixas" e depois calmamente termina o seu percurso dentro da nossa baliza.
De seguida, o nosso mister decide-se pelo 5 para 4. Na primeira saída de bola, Bruno entrega diretamente a bola ao adversário que de baliza aberta logo faz o sétimo. Numa outra saída de bola nossa, seria Rui Silva a fazer autogolo e assim o oitavo para a equipa adversária. A verdade é que no jogo tudo nos saía sempre mal.
De referir que mesmo neste panorama a nossa equipa continuou a ter oportunidades de fazer golo mas nunca conseguiu ultrapassar um redes muito inspirado. Sempre que chamado disse - PRESENTE. Provavelmente o seu melhor jogo até ao momento no campeonato.
O jogador do Regadas de seu nome Fabiano tem ainda no decorrer do jogo (assim a vencer dava para tudo) um número de puro malabarismo sobre Sepúlveda. Infelizmente foi sobre um nosso jogador mas que foi bonito, foi.
A equipa do Regadas acabaria por fazer o seu nono golo num contra-golpe de 3 para 2. Bola tocada ao segundo poste, aparecendo um jogador a encostar fácil.
Nesta segunda parte, de registo 4/ 5 defesas de Bertinho de elevado nível que a não acontecerem o resultado seria muito mais dilatado.
Bem, se leram com muita atenção repararam que afinal o resultado ficou em 0-9 a favor do Regadas e não 1-9 como anuncia o título. Pois bem, a verdade é que o título está certo. Deixei a descrição do nosso golo para o fim, não só porque efetivamente foi o último a ocorrer mas também porque lhe quero dar algum ênfase. Hélder, o nosso "peso-pesado" tem uma execução primordial no lance deste golo. Ao sofrermos o nono golo, Hélder dirige-se para o meio campo para em conjunto com um colega efetuar a saída de bola. E que saída. Após toque de Rui, Hélder com a maior das calmas e com conta, peso e medida faz uma "chapelada" ao redes do Regadas. Convenhamos, fazer chapéus no futebol de onze não é fácil, agora no futsal? Do meio campo? Vasco Santana (reconhecido ator português já falecido) no filme "A canção de Lisboa" também disse: "Chapéus há muitos". E com toda a razão. Mas como este realizado por Hélder arrisco-me a dizer que em todas as épocas do futsal de Fafe provavelmente este foi o ÚNICO.
Hélder, defendendo ainda, a honra de Sepúlveda após o número de circo de que foi alvo, fez Fabiano pagar a fava, fazendo-lhe um túnel quando este lhe apareceu esbarrado.
Parabéns ao Regadas pela vitória.
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